Às vezes é bom ficar sozinho. Apesar de ter um sentido ambíguo, na verdade falo desta palavra em todos os seus sentidos. O agito das presenças em nossas vidas não nos permitem a reflexão. É necessária a ausência. A ausência do tudo associada ao preenchimento calmo e leve do nada.
Se permitir a despretensão. Poder apreciar o vazio daquilo que foi feito para ser simples, dando oportunidade para uma felicidade peculiar: a da auto-apreciação. Se divertir consigo. Tendo a companhia de um livro, filme, revista ou apenas o som contínuo do ventilador de teto. São prazeres insuperáveis da vida a “um”.
Gosto de caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro e observar tipos, inventar histórias a partir de rostos novos. Imaginar o que se passa na cabeça de um estranho sem ter que manter contato com ele. A doce descoberta da imaginação.
O Rio é a cidade que nos permite chegar a estes pontos. Imaginar. Criar. Refletir. Concluir. Admirar, sorrir e seguir
Sou capaz de perder um ônibus só porque vi alguém conhecido nele e não quero conversar com alguém. Permito-me o luxo de viajar só e desfrutar de pensamentos meus...pensamentos são individuais. Não nasceram para serem compartilhados simultaneamente. Só transmitimos aquilo que fica na superfície oca das palavras. A complexidade dos sentidos de nossos pensamentos ficam guardados para nós. Então me canso por ter que trocar superficialidades. Prefiro me omitir. Trivialidades me cansam.
Depois, inevitavelmente, as pessoas voltam a nossas vidas. Mas já estamos renovados. Tirar férias da raça humana faz bem à saúde.
(Texto antigo que recuperei)
Em várias coisas somos parecidos, às vezes somos considerados esquisitos por querermos ficar em casa sós, vendo um filme bobo ou jogando paciência spider no computador. Esse tempo só nosso é necessário p/ recarga das energias.
ResponderExcluirEu amo ficar sozinho, navegando na internet, lendo um livro...preciso disso.
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